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quarta-feira, 27 de março de 2024

Como a endometriose afeta a saúde mental

 por Maiara Ribeiro

 


 

Publicado em: 15 de março de 2024

Revisado em: 15 de março de 2024

 

 

A endometriose pode provocar dores crônicas intensas, o que pode levar a prejuízos no trabalho, na vida social e na saúde mental das mulheres. Saiba mais.

 

A endometriose é uma doença na qual as células do endométrio (camada que reveste o útero) não são expelidas como deveriam na menstruação e caem na cavidade abdominal, podendo se instalar em diversos órgãos, como intestino, bexiga e ovários

O principal sintoma da endometriose são cólicas intensas que acontecem durante a menstruação. Mas também podem haver outros sintomas, como dor durante a relação sexual, dor e sangramento intestinal ou urinário no período menstrual e infertilidade

No Brasil, cerca de 7 milhões de mulheres têm a doença, mas o diagnóstico leva de oito a dez anos para acontecer. “Mas isso não é uma particularidade do Brasil. No mundo inteiro, isso ocorre muito pela normalização da dor, pelo menosprezo da dor da mulher. E com certeza isso afeta a saúde mental dessas mulheres, é um misto de frustração, ansiedade, depressão. Uma mulher com dor crônica acaba passando por esse ciclo vicioso”, afirma Patrick Bellelis, ginecologista especialista em endometriose e colaborador do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).

Infelizmente, é comum que mulheres com endometriose passem anos sentindo dores intensas sem ter um diagnóstico. Essa normalização da dor – que muitas vezes é subestimada pelos próprios profissionais de saúde – pode causar prejuízos psicológicos, emocionais, sociais e profissionais. 

 

Principais impactos na saúde mental

A endometriose pode causar diversos impactos na saúde mental, incluindo aumento de estresse, ansiedade e depressão

“Isso ocorre principalmente devido à dor crônica, que é uma característica marcante da doença, afetando profundamente a qualidade de vida das pacientes. A jornada muitas vezes longa e frustrante para obter um diagnóstico correto e tratamento eficaz também contribui significativamente para o sofrimento emocional. Questões relacionadas à fertilidade e autoestima, exacerbadas pelos sintomas da doença, podem gerar um peso emocional adicional. Essa complexa interação de fatores físicos e emocionais sublinha a importância de considerar a saúde mental como uma parte integral do tratamento da endometriose”, explica Luana Brito, psicóloga clínica e perinatal.

Além disso, a especialista afirma que a doença pode tanto aumentar o risco de transtornos psíquicos como exacerbar essas condições em que já convive com elas. “A relação entre dor crônica e saúde mental é bem documentada, e no caso da endometriose, essa dor, juntamente com as dificuldades diagnósticas, incertezas sobre a fertilidade e impactos na vida pessoal, pode criar um terreno fértil para o desenvolvimento ou agravamento de problemas de saúde mental.”

“Mulheres diagnosticadas frequentemente sentem dores intensas e desconforto crônico que podem desencadear uma série de desafios emocionais. Em muitos casos, sofrem perdas significativas em seu círculo social devido à dor ou às limitações decorrentes da doença, impactando até seu rendimento no trabalho. Essas perdas a curto e médio prazo podem se tornar irreversíveis, por isso o acompanhamento psicológico é tão importante quanto o acompanhamento ginecológico” afirma o dr. Patrick.

 

 

Prejuízos na vida social e profissional 

Conviver com uma doença como a endometriose pode afetar diretamente a vida social e profissional. A dor pode ser incapacitante, o que muitas vezes impede a pessoa de trabalhar e de participar de atividades sociais normalmente. E por se tratar de uma condição crônica, esse é um problema que pode se prolongar por anos, até que se consiga o tratamento adequado e melhor manejo da doença e dos sintomas. 

“São mulheres que, desde a adolescência, podem deixar de fazer atividades com seus amigos, suas amigas, namorados, seus parceiros, por questões de dor. São mulheres que vão ao pronto atendimento frequentemente em busca de um anestésico mais potente, por conta da dor. São mulheres que, muitas vezes, por questão de ansiedade e depressão, não sentem vontade de fazer um programa social. São mulheres que, muitas vezes, não conseguem atingir o seu melhor resultado na escola, faculdade, trabalho, por tudo que envolve essa doença”, destaca o médico. 

“A necessidade de tratamentos frequentes e a fadiga podem resultar em absenteísmo e dificuldades em manter o desempenho no trabalho. Socialmente, a dor e o desconforto podem diminuir a disposição para interações sociais, levando ao isolamento e à perda de apoio social. O entendimento e a flexibilidade no ambiente de trabalho e apoio dos amigos e familiares são fundamentais para ajudar as pacientes a lidar com esses desafios”, orienta a psicóloga. 

Por isso, é fundamental que a dor não seja normalizada. A menstruação, de forma geral, pode sim causar alguns desconfortos, mas viver com dores intensas e incapacitantes não é normal. É muito importante que as pessoas próximas sejam acolhedoras e empáticas nesse sentido, e que os profissionais de saúde saibam ouvir e validar o sofrimento das pacientes.

 

“O ciclo de apoio é muito importante para que essa mulher consiga ter sucesso no tratamento e consiga manter suas atividades diárias”, completa o dr. Patrick. 

 

Importância do suporte psicológico

O acompanhamento psicológico é fundamental para quem convive com a endometriose, especialmente nos casos mais graves, pois ajuda a lidar com a dor crônica, o estresse emocional e os impactos na autoestima e relações interpessoais, conforme explica Luana. “Um psicólogo pode fornecer estratégias para o manejo da dor, além de apoio emocional, ajudando as pacientes a enfrentar os desafios impostos pela doença. Este suporte é um componente chave no tratamento integral da endometriose, visando melhorar a qualidade de vida e a saúde mental das pacientes.”

Além do tratamento de saúde mental, pacientes com a doença devem praticar técnicas de manejo do estresse e buscar manter uma rede de apoio social forte. “Participar de grupos de apoio pode ser especialmente útil para compartilhar experiências e estratégias. Para as pessoas próximas, oferecer um ouvido atento, compreensão e apoio prático no dia a dia são formas valiosas de ajudar. Incentivar a busca por tratamento e respeitar os limites da paciente também são atitudes essenciais para apoiar sua jornada”, recomenda a psicóloga. 

O ginecologista destaca a importância do acompanhamento psicológico, mas reforça que isso não substitui o acompanhamento médico. “É indispensável manter uma comunicação aberta com seu ginecologista, pois só assim será possível obter um tratamento de acordo com as suas necessidades individuais para uma melhor qualidade de vida e bem-estar emocional.”

 

Tratamento e acompanhamento geral da endometriose

A endometriose é considerada uma doença crônica. O médico explica que, na maioria dos casos, o tratamento é clínico, com uso de hormônios, mas também com associação de outras medidas e auxílio de profissionais que vão variar de acordo com o caso e os sintomas de cada paciente. Assim, o acompanhamento pode envolver outros profissionais além do ginecologista, como psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e psiquiatra, por exemplo.

Quando há indicação, o tratamento pode ser cirúrgico. “Para aquelas mulheres que foram submetidas a um tratamento cirúrgico, um bom tratamento cirúrgico apresenta taxa de recidiva baixas. No entanto, essas taxas de recidiva nunca serão zero. Então, apesar das baixas, a gente precisa fazer um acompanhamento de maneira crônica. Inicialmente, nos primeiros anos pós-cirúrgicos, a gente faz acompanhamento de imagem semestral e, após um período, a gente acaba fazendo anual”, esclarece o especialista. 

 

Medidas que ajudam a lidar com a doença

Além do acompanhamento psicológico, que pode ser muito importante para quem convive com a doença, o dr. Patrick lista alguns cuidados que podem ser benéficos para pacientes com endometriose, ajudando a aumentar o bem-estar e melhorar a qualidade de vida: 

  • Pratique exercícios físicos: ao se exercitar, o corpo produz substâncias que ajudam a inibir a dor e aumentam o bem-estar. Priorize atividades de menor impacto, como caminhadas, natação ou ioga, por exemplo, que ajudam a fortalecer os músculos e aliviam a tensão; 
  • Procure dormir bem: o sono é fundamental para saúde mental e física e também pode contribuir para a gestão da dor associada à endometriose. Mantenha uma rotina de sono e considere técnicas de relaxamento antes de dormir;
  • Faça atividades relaxantes: esse hábito pode ajudar na redução do estresse, que pode estar associado ao agravamento dos sintomas. Técnicas de respiração e meditação podem ajudar;
  • Mantenha uma alimentação balanceada: é importante manter uma alimentação saudável, priorizando alimentos ricos em antioxidantes e anti-inflamatórios e evitando o excesso de álcool, carne vermelha e gordura trans, pois podem afetar o inchaço pélvico e a dor crônica causados pela endometriose. Se possível, tenha um acompanhamento nutricional para avaliação individualizada.

 

Como é conviver com a endometriose

A psicóloga Luana Brito não entende do assunto apenas por conta de seu trabalho. Ela foi diagnosticada com endometriose em 2019, mas sentiu dores intensas por vários anos antes de chegar ao diagnóstico. Em seu caso, a doença também levou a um quadro de infertilidade. 

“Por várias vezes eu relatei aos ginecologistas que me acompanharam durante anos que eu sentia cólica. No primeiro dia de menstruação, eu ficava de cama, não conseguia fazer nenhuma atividade, comumente tomava alguma medicação e passava o dia deitada, indisposta. E todo mundo falava que era normal, fazia parte da menstruação, era cólica menstrual e passava alguma medicação para dor e tava tudo certo, e por muitos anos foi dessa maneira”, relata. 

Somente depois de alguns episódios de dor tão intensa que a levaram ao pronto-atendimento, sendo que em um deles Luana chegou a desmaiar de dor, é que a doença foi identificada. “Depois que eu descobri de fato o diagnóstico da endometriose, eu comecei a fazer o tratamento. Eu precisei fazer uma cirurgia porque a minha endometriose era profunda, atingia inclusive o intestino, tive que tirar parte do meu intestino. E durante esse processo eu entendi que o tratamento tinha que ser integral, que não bastava só ir ao médico, mas que eu tinha que também ter um acompanhamento com nutricionista, tinha que mudar meu estilo de vida, além disso fazer acompanhamento psicoterapêutico – que eu já fazia, mas era um tema que não era abordado na minha terapia porque até então eu achava que fazia parte [da menstruação] e depois eu fui entender todas as repercussões que o diagnóstico de endometriose trouxe junto, porque foi o medo, as incertezas sobre inclusive engravidar, incertezas do tratamento”, conta.

 

A partir de sua experiência pessoal, a psicóloga passou a estudar mais sobre o tema e acabou direcionando seus atendimentos para esse público de mulheres, a fim de oferecer um atendimento mais próximo e com mais acolhimento. Hoje ela atende pacientes com diagnóstico de endometriose, infertilidade, gestantes e em mulheres em período pós-parto. 

“Hoje como eu lido com isso estudando cada vez mais sobre o assunto para ajudar outras mulheres, mas não só isso. Eu também faço um acompanhamento integral multidisciplinar, com nutricionistas, psicólogos e sigo fazendo o acompanhamento com o ginecologista especializado. Fiz uma mudança de estilo de vida também. Então, é um acompanhamento e um cuidado que vai ser para o resto da vida. Hoje, pós-cirurgia, eu não tenho mais essas dores. O meu caso foi um caso até então de sucesso, relacionado à dor pelo menos. Mas sigo em vigilância, sempre tendo esse cuidado com a saúde”, finaliza Luana.

 

 

FONTE: https://drauziovarella.uol.com.br/

 

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Carla

 

66% das mulheres não associam HPV e câncer de colo do útero

 


Pesquisa com 700 mulheres em seis capitais do país mostrou que 66% das entrevistadas não relacionam o HPV com o câncer de colo do útero.

 

O câncer de colo do útero é um dos mais incidentes no país, ficando atrás somente do de mama. Entretanto, no Norte, Centro-Oeste e Nordeste, esse tipo de câncer é o mais prevalente, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Um dos motivos  é sua correlação com o HPV (papilomavírus humano), que está presente em praticamente 100% dos casos da doença.

Apesar de alta prevalência, uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) a pedido da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC), em que foram ouvidas 700 mulheres em seis capitais do país, mostrou que 66% das entrevistadas não relacionam HPV e câncer de colo do útero. “No levantamento, podemos verificar que ainda paira o desconhecimento em torno desse assunto, já que  17% das mulheres nunca ouviram falar de HPV, da vacina como forma de prevenção e nem da utilização de preservativos durante a relação sexual para evitar o contágio. Por isso, prevenir o vírus é fundamental”, diz o médico ginecologista Garibalde Mortoza, presidente da ABPTGIC

 

 

Relação entre HPV e câncer de colo do útero

 

Para explicar melhor a relação do HPV com a incidência de câncer, o professor Newton Sérgio Carvalho, chefe do Departamento de Tocoginecologia (DTG) da Universidade Federal do Paraná, faz uma analogia com a preparação de um bolo. “Para você fazer um bolo de chocolate você precisa ter chocolate, óbvio. Agora, com um punhado de chocolate sozinho você não consegue fazer a receita, já que é necessário farinha, açúcar, leite. Então, com o ‘bolo do câncer de colo de útero’ é a mesma coisa. O chocolate seria o HPV, mas só ele não basta. Então, precisamos de um HPV oncogênico, que não vai embora, aliado a outros fatores de risco, como tabagismo e uso prolongado de anticoncepcionais”, esclarece o médico.

Existem mais de 130 tipos diferentes de HPV, mas somente 15 são considerados de alto risco e estão associados ao desenvolvimento do câncer. O professor adjunto do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) destaca que cerca de 90% da população mundial entram em contato com esse vírus em algum momento da vida, mas a grande maioria consegue combatê-lo. O risco de câncer surge nos casos em que a infecção não é eliminada espontaneamente e se torna persistente. Dessa forma, as lesões que o HPV provoca podem se agravar, com sintomas como sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual e presença de secreção vaginal anormal. Sem tratamento, a lesão pode dar origem a um câncer.

 

Mulheres devem fazer papanicolaou regularmente

 

A pesquisa apontou também que 18% das brasileiras nunca fizeram um papanicolaou (13% fizeram somente uma vez), o que, segundo os médicos, é extremamente preocupante, já que o exame é uma das maneiras mais eficazes de diagnosticar e prevenir o surgimento do câncer de colo do útero. Apesar de estar disponível em toda a rede pública, 40% das mulheres não acham que exames de rotina podem servir como forma de prevenir a doença. “A mulher deve fazer esse exame um ano após o início da atividade sexual. O intervalo se explica porque se ela pegou o vírus logo na primeira relação, existe um período para que as células se alterem. No Brasil, a recomendação é que o papanicolaou seja feito anualmente. Se os resultados vieram normais e sem processos inflamatórios, a mulher deve fazer o próximo somente três anos depois”, esclarece o professor Newton Carvalho.

 Vídeo: A partir de que idade se faz o papanicolaou?

 https://youtu.be/fQRhczk5_JM

 

 


 

Vacina do HPV

 

Tendo em vista a forte relação entre HPV e câncer de colo do útero, uma das formas mais eficazes de se prevenir é não contrair o vírus. Nesse sentido, a vacina contra o HPV é outro método importante de prevenção. No SUS, a vacina é oferecida para meninas de nove a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, pessoas que vivem com HIV e transplantados entre nove e 26 anos (desde que estejam em acompanhamento médico).

A vacina tem duas doses, com a segunda seis meses após a primeira. Para pessoas com HIV e transplantados, são três doses no esquema 0, 2 e 6 meses.

Também é possível encontrar a vacina em clínicas particulares, geralmente em três doses que podem chegar a R$ 800.

 

Vídeo: Dr. Drauzio explica por que a vacina é importante também para os meninos

https://youtu.be/zYK7rEgH_ls



 

 

 

FONTE: https://drauziovarella.uol.com.br/

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Câncer de colo do útero

 


 por Maria Helena Varella Bruna

 

 


 

Publicado em: 7 de agosto de 2012

Revisado em: 8 de março de 2023

O câncer de colo de útero acomete principalmente mulheres com mais de 25 anos e tem como principal agente o papilomavírus humano (HPV), que também pode infectar homens. 

 

O câncer de colo do útero, também conhecido por câncer cervical, é uma doença de evolução lenta que acomete, sobretudo, mulheres acima dos 25 anos. O principal agente da enfermidade é o papilomavírus humano (HPV), que pode infectar também os homens e estar associado ao surgimento do câncer de pênis.

 

 

Antes de tornar-se maligno, o que leva alguns anos, o tumor passa por uma fase de pré-malignidade, denominada NIC (Neoplasia Intraepitelial Cervical), que pode ser classificada em graus I, II, III e IV de acordo com a gravidade do caso.

Embora sua incidência esteja diminuindo, o câncer de colo do útero ainda é o quarto câncer mais incidente em mulheres (desconsiderando o câncer de pele não melanoma) e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Felizmente, as estatísticas estão mostrando que 44% dos casos diagnosticados no País são de lesão in situ precursora do câncer, ou seja, lesões que ainda estão restritas ao colo e não desenvolveram características de malignidade. Nessa fase, a doença pode ser curada na quase totalidade dos casos.

 

Tipos de tumor

 

Os dois tipos mais frequentes de tumor maligno de colo de útero estão associados à infecção pelo HPV. São eles: os carcinomas epidermoides (80% dos casos) e os adenocarcinomas (20% dos casos).

 

Fatores de risco para câncer de colo do útero

 

A infecção pelo HPV, responsável pelo aparecimento das verrugas genitais, representa o maior fator de risco para o surgimento do câncer de colo de útero. Apesar de existir mais de uma centena de tipos diferentes desse vírus, somente alguns estão associados ao tumor. São classificados como de alto risco os tipos 16, 18, 45 e 56; de baixo risco, os tipos 6, 11, 41, 42 e 44, e de risco intermediário os tipos  31, 33, 35, 51 e 52.

Podem ser citados, ainda, como fatores de risco:

  • Início precoce da atividade sexual;
  • Múltiplos parceiros sexuais ou parceiros com vida sexual promíscua;
  • Cigarro;
  • Baixa imunidade;
  • Não fazer o Papanicolaou com regularidade;
  • Más condições de higiene;
  • Histórico familiar.

 

Sintomas do câncer de colo de útero

 

Nas fases iniciais, o câncer de colo de útero é assintomático. Quando os sintomas aparecem, os mais importantes são:

  • Sangramento vaginal especialmente depois das relações sexuais, no intervalo entre as menstruações ou após a menopausa;
  • Corrimento vaginal (leucorreia) de cor escura e com mau cheiro.

Nos estágios mais avançados da doença, outros sinais podem aparecer. Entre eles, vale destacar:

  • Massa palpável no colo de útero;
  • Hemorragias;
  • Obstrução das vias urinárias e intestinos;
  • Dor lombar e abdominal;
  • Perda de apetite e de peso.

 

Diagnóstico do câncer de colo do útero

 

A avaliação ginecológica, a colposcopia e o exame citopatológico de Papanicolaou realizados regular e periodicamente são recursos essenciais para o diagnóstico do câncer de colo de útero. Na fase assintomática da enfermidade, o rastreamento realizado por meio do Papanicolaou permite detectar a existência de alterações celulares características da infecção pelo HPV ou a existência de lesões pré-malignas.

 

Vídeo: Dr. Drauzio ensina a partir de que idade mulheres precisam fazer o Papanicolaou

 https://youtu.be/fQRhczk5_JM

 


 

 

O diagnóstico definitivo, porém, depende do resultado da biópsia. Nos casos em que há sinais de malignidade, além de identificar o tipo do vírus infectante, é preciso definir o tamanho do tumor e se está situado somente no colo uterino ou se já invadiu outros órgãos e tecidos (metástases). Alguns exames de imagem (tomografia, ressonância magnética, raio x de tórax) representam recursos importantes nesse sentido.

Dada a importância do diagnóstico precoce, as mulheres precisam ser permanentemente orientadas sobre a necessidade de consultar o ginecologista e fazer o exame de Papanicolaou nas datas previstas, como forma de identificar possíveis lesões ainda na fase de pré-malignidade.

 

Vacina contra o HPV

 

A vacina do HPV continua sendo medida preventiva essencial. A imunização tem segurança e eficácia comprovadas. Ela protege contra alguns dos principais tipos de vírus relacionados ao câncer. No SUS, a vacina é oferecida para meninas de nove a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos, pessoas que vivem com HIV e transplantados entre nove e 26 anos (desde que estejam em acompanhamento médico).

A vacina tem duas doses, com a segunda seis meses após a primeira. Para pessoas com HIV e transplantados, são três doses no esquema 0, 2 e 6 meses.

 

Mesmo mulheres vacinadas devem continuar fazendo o exame de rastreamento de Papanicolaou, que também é oferecido pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde, já que existem tipos de vírus não contemplados pela vacina que também podem provocar o tumor.

Em 2017, o Ministério da Saúde passou a oferecer gratuitamente a vacina também para meninos na faixa de 11 a 14 anos.

 

Vídeo: Dr. Drauzio explica por que meninos também devem ser vacinados

 https://youtu.be/zYK7rEgH_ls

 

 


 

Tratamento do câncer de colo do útero

 

Parte das mulheres sexualmente ativas, que entra em contato com o HPV, pode debelar a infecção espontaneamente ou com tratamento médico pertinente. Caso isso não ocorra, o tratamento tem por objetivo a retirada ou destruição das lesões precursoras pré-malignas.

No entanto, uma vez confirmada a presença de tumores malignos, o procedimento deve levar em conta o estágio da doença, assim como as condições físicas da paciente, sua idade e o desejo de ter, ou não, filhos no futuro.

 

A cirurgia só deve ser indicada, quando o tumor (carcinoma in situ) está confinado no colo do útero. De acordo com a extensão e profundidade das lesões, ela pode ser mais conservadora ou promover a retirada total do útero (histerectomia).

A radioterapia externa ou interna (braquiterapia) tem-se mostrado um recurso terapêutico eficaz para destruir as células cancerosas e reduzir o tamanho dos tumores. Apesar de a quimioterapia não apresentar os mesmos efeitos benéficos, pode ser indicada na ocorrência de tumores mais agressivos e nos estádios avançados da doença.

 

Recomendações para prevenir o câncer de colo do útero

 

  • Apesar de a orientação da administração da vacina ser a partir dos nove anos de idade, não existe idade mínima para as meninas iniciarem a imunização;
  • Nunca é demais ressaltar que o uso da camisinha em todas as relações sexuais é um cuidado indispensável contra a infecção não só pelo HPV, mas também por outros agentes de infecções sexualmente transmissíveis como a aids.

 

Perguntas frequentes sobre o câncer de colo do útero

 

Câncer de colo de útero avançado tem cura?

O câncer de colo do útero quando diagnosticado em fase não invasiva ou em estágio I tem altas chances de cura (entre 80 e 90%). Há chance em estágios posteriores, mas ela diminui conforme o quadro estiver mais avançado.

 

 

 

 

 

 Sim. Vários fatores, como tipo específico do tumor e extensão da doença contribuem para maior ou menor risco de recidiva.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Sim. Vários fatores, como tipo específico do tumor e extensão da doença contribuem para maior ou menor risco de recidiva.

 

 FONTE: https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/cancer-de-colo-do-utero/

 


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